Como se tornar piloto de helicóptero


1º passo – Obter um Código Anac (Canac)

Esse número, composto por seis algarismos, será o código que o piloto usará ao longo de toda a sua carreira, e é necessário para realizar os passos seguintes da formação.

Você pode executar o procedimento de cadastro diretamente no site da Anac, clicando aqui. A própria agência disponibiliza um tutorial de como criar o código. Veja aqui.

2º passo – Obter o Certificado Médico Aeronáutico (CMA)

Com o Canac, o candidato pode agendar a realização do Certificado Médico Aeronáutico (CMA). Este é um atestado médico, que determina que o piloto tem condições físicas e psicológicas para exercer a pilotagem. O CMA é obrigatório para iniciar a etapa prática da formação.

O exame é realizado por médicos ou clínicas credenciadas pela Anac. O candidato precisa apresentar uma série de exames ao médico, que fará uma avaliação e concederá o Certificado. Algumas clínicas credenciadas contam com um corpo de médicos que realiza grande parte dos exames exigidos. Existem dois tipos de CMA que o piloto pode ter: o de 2ª classe, com validade de cinco anos, exigido para a licença de Piloto Privado; e o de 1ª classe, com validade de um ano, obrigatório para iniciar as horas de voo do curso de PCH.

A Anac apresenta em seu site a lista atualizada de clínicas e médicos credenciados. Clique aqui e consulte.
Uma legislação da agência orienta sobre todos os requisitos para concessão do CMA. É o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 67, clique aqui para abrir o arquivo.

No passado, o CMA era um documento impresso conhecido como CCF (Certificado de Capacidade Física).


3º passo – Curso teórico de PPH

O próximo passo é iniciar os estudos teóricos. Recomendamos que o aluno só se matricule em um curso teórico após ter realizado o CMA, quando terá certeza de que não haverá nenhuma restrição à atividade.

No Piloto Privado, não é obrigatório que o curso seja feito em escola homologada. O aluno pode estudar por conta própria e depois realizar a prova na Anac (popularmente conhecida como banca da Anac).

Entretanto, recomendamos a realização em uma escola, pois o aprendizado é facilitado com professores, que seguem uma sequência adequada de apresentação de conteúdos e tiram as dúvidas que inevitavelmente vão surgir.

O curso teórico de Piloto Privado tem duração média de quatro meses, dependendo do calendário de aulas da escola.
Na Go Air, não realizamos o curso teórico de PPH.

As matérias ministradas ao longo das aulas são: regulamentos de tráfego aéreo, navegação, meteorologia, conhecimentos técnicos e teoria de voo. Uma legislação da agência orienta sobre todos os requisitos para licenças de pilotos. É o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 61, clique aqui para abrir o arquivo.

4º passo – Realizar a prova teórica da Anac

Após os estudos das cinco matérias do PPH, o aluno pode fazer a prova teórica da Anac, que é composta por 20 questões de cada um dos cinco temas.

A prova é realizada presencialmente numa sede da Anac, em um computador que gera as questões de forma aleatória. O resultado é informado imediatamente após o encerramento da prova. Para ser aprovado, é necessário acertar ao menos 14 questões de cada matéria. Se reprovar em até duas matérias, o candidato poderá realizar exames de segunda época dos temas no qual reprovou. Caso reprove em mais de duas matérias, terá de realizar a prova completa novamente.

A agência disponibiliza em uma página de seu site todas as informações sobre exames teóricos. Clique aqui e veja.


5º passo – Iniciar o curso prático de PPH (horas de voo)

O curso prático no helicóptero, composto pelas horas de voo de treinamento, pode ser iniciado a qualquer momento depois que o candidato já tiver o CMA. Isso quer dizer que o aluno não precisa necessariamente ter iniciado ou realizado o curso teórico ou a prova da Anac para começar a voar.

Mas vale ressaltar que caso comece o treinamento sem ter feito a prova teórica de PPH da Anac, poderá voar apenas 20h. A continuidade dependerá da aprovação no teste. Qualquer hora que voar a mais sem a aprovação teórica na Anac, automaticamente aumentará o mínimo total necessário.

A primeira etapa da fase prática é composta por um curso teórico sobre a aeronave usada no treinamento. No caso da Go Air, o Robinson R22. Este curso, chamado oficialmente de treinamento de solo e popularmente de ground school, tem duração de 13 horas. Nele, os conhecimentos gerais aprendidos durante o ensino teórico são aplicados às especificidades da aeronave. Seu conteúdo se baseia no manual do piloto publicado pela fabricante do helicóptero.

Para o treinamento prático de PPH, o aluno fará, no mínimo, 35h de voo. Se após essas horas atingir a proficiência aceitável prevista no curso, será liberado para o exame de proficiência (conhecido popularmente como voo de check). Caso contrário, precisará voar o necessário para alcançar a habilidade prevista. As horas de voo seguem um programa de treinamento da Go Air aprovado pela Anac, e as manobras treinadas são padronizadas por um manual da escola. O aluno receberá esses materiais.

Durante o treinamento, há alguns requisitos de voos a serem cumpridos, como navegações (nas quais o aluno voa de um ponto A para um ponto B) e voos no período noturno. O voo de check é realizado por um examinador da própria escola credenciado pela Anac, que avaliará o desempenho do aluno em conhecimentos teóricos, navegação e nas manobras aprendidas ao longo do curso.


6º passo – Curso teórico e prova da Anac de PCH

Os alunos com intenção de exercer carreira profissional têm como próximo passo a realização do curso teórico de Piloto Comercial de Helicóptero e, quando finalizado, a prova da Anac. Diferentemente do curso teórico de PPH, o de PCH é obrigatório em escola homologada. A Go Air não realiza o curso teórico de PCH.

As matérias abordadas durante as aulas são praticamente as mesmas do Piloto Privado. A diferença fica por conta da navegação, que terá uma abordagem mais prática, necessitando de alguns cálculos e plotagem de trajetórias em cartas aeronáuticas.

7º passo – Curso prático de PCH

Para esse treinamento, é exigido um total mínimo de 100h de voo, já contabilizando as horas do curso de Piloto Privado. Não há limite de horas voadas sem a prova teórica da Anac. A aprovação no teste, contudo, é necessária para o término da etapa prática.

Durante o PCH, assim como no PPH, há previsão de se realizar voos noturnos e voos de navegação. A novidade é a adaptação ao voo por instrumento, num total aproximado de 10h, sendo que 5h podem ser feitas em simulador de voo homologado. Essa adaptação consiste no aluno aprender noções básicas desse tipo de voo para que evite entrar em condições meteorológicas por instrumentos quando, obviamente, não estiver habilitado para isso nem a aeronave for homologada.

Apesar do mínimo de treinamento exigido no PCH ser de 100h, o regulamento da Anac prevê que, no caso de interrupção do curso, esse mínimo aumente para 150h. A mesma quantidade é prevista quando as horas de voo não são feitas em escola homologada, ou seja, o caso de voar o PCH em helicópteros privados.


Perguntas mais Frequentes (FAQ)

1Por que devo escolher a Go Air?
Somos uma escola de aviação que une um estilo de treinamento inovador e atento às necessidades do mercado com infraestrutura, na cidade que tem a maior frota de helicópteros do mundo. Além disso, nossa segurança operacional e excelente manutenção das aeronaves são prioridades na operação. Esses fatores dão as melhores condições aos novos pilotos de terem uma formação diferenciada e reconhecida pelo mercado.
2Acho que estou velho para iniciar o curso. A idade influencia?
Não. O regulamento não impõe limite de idade para iniciar a formação prática de piloto de helicóptero. O fator determinante é o Certificado Médico Aeronáutico, ou seja, independente da idade, você estará apto a exercer a atividade de pilotagem enquanto conseguir renová-lo.
3Qual é a idade mínima para iniciar o treinamento?
O treinamento prático de PPH pode ser iniciado a partir dos 16 anos de idade, com autorização dos responsáveis. Entretanto, o aluno só poderá realizar os voos de instrução da fase chamada pré-solo (PS), que são um total de 15 instruções. Isso quer dizer que o aluno pode iniciar o treinamento, mas para finalizá-lo precisará ter completado 18 anos.
4É melhor fazer a formação em São Paulo, que tem bastante tráfego aéreo, ou no interior?
Ao longo de nossa história, recebemos alunos que tiveram parte de sua formação inicial em cidades do interior. Naturalmente, muitos deles sentiram mais dificuldade para se adaptar às rotas especiais de helicóptero, aos pontos de notificação de São Paulo e à dinâmica dos órgãos de controle da região. Os pilotos com formação no interior também se adaptarão ao voo em São Paulo, mas acreditamos que se inserir neste meio desde o início da formação desenvolve no profissional uma capacidade de gerenciamento mais apurada.
5Quais são os locais usados para treinamento?
Estamos baseados no Campo de Marte. O próprio aeroporto já possui áreas comuns de treinamento. Adicionalmente, dispomos de um acordo operacional com o órgão de controle de tráfego para usar outras áreas do aeródromo para a instrução aérea. Outros diferenciais são uma pista na zona sul da cidade para realização dos voos e parcerias com helicentros e helipontos na região metropolitana.
6Vi outra escola que oferece uma hora de voo bem mais em conta. Por que a diferença de preço?
Vamos analisar que no caso do helicóptero mais usado em instrução, o Robinson R22, todas as peças para motor e célula são importadas (com preço em dólar), o consumo de combustível é o mesmo, e o que muda de uma empresa para outra é o seu custo administrativo e a margem de lucro aplicada. Partindo dessas premissas, é questionável quando um valor destoa mais que 10% da média da maioria. Como referência, se baseie no custo operacional publicado pela própria Robinson e adicione a mão de obra do instrutor e o custo para a operação no Brasil (aproximadamente 30% de importação, o valor mais alto de nosso combustível comparado aos EUA, margem de lucro e o imposto na venda ao cliente). Se algum operador no Brasil vender por menos do que isso, deduz-se que nesta composição algum item foi suprimido.
7É melhor fazer o treinamento no Robinson R22 ou no Schweizer?
O Robinson R22 foi concebido para ser um helicóptero simples e de baixo custo. Isso o tornou mais atrativo e popular, sendo a aeronave mais usada em treinamento de novos pilotos de helicóptero no mundo. Essa concepção foi usada também no desenvolvimento do modelo R44, que aliada à sua performance, tornou-o no tipo de helicóptero mais vendido no Brasil. Dessa forma, possivelmente, você voará o R44 em algum momento e, pela nossa experiência, pilotos que tiveram sua formação inicial no R22 se adaptam mais facilmente.
8Eu e meus amigos do curso teórico estamos pensando em comprar um helicóptero em sociedade e realizar a formação por conta própria. É possível?
Não. Inicialmente, apontamos que o regulamento prevê que o treinamento prático de Piloto Privado deve ser feito em escola homologada. Mas se fosse permitido o curso em aeronave particular, essa ideia na prática seria bastante inviável. Apesar de o valor da formação completa de 7 a 10 pessoas totalizar praticamente o preço de uma aeronave, ainda assim não cobriria as despesas de combustível, instrutor e manutenções do dia a dia. Ressaltamos ainda que, no curso de Piloto Comercial, quando se voa fora de escola, o treinamento mínimo salta de 100h para 150h.
9Se eu comprar horas de voo junto com os meus amigos consigo mais desconto?
Muitas pessoas acreditam que essa prática aumentaria o poder de barganha. O fato é que não se trata da venda de um produto industrializado no qual a quantidade reduza substancialmente o custo de produção. Trata-se da prestação de um serviço que, pela sua natureza de formar profissionais, envolve requisitos com alto valor agregado. Se diminuídos com descontos, automaticamente o serviço terá sua qualidade influenciada.
10Depois de formado, consigo uma vaga para atuar como instrutor de voo na escola?
Sim. Confiamos no profissional que formamos e aproveitamos a padronização de nossos alunos quando abrimos vagas para instrutores de voo. Para que o processo de seleção ofereça condições iguais a todos, usamos ferramentas que avaliam os conhecimentos de cada candidato e seu desempenho demonstrado ao longo do curso. Aqueles que não são aprovados podem continuar participando de processos seletivos futuros.
11Qual é o valor completo da formação?
Considerando os cursos teóricos, os materiais, as horas de voo, as taxas para inscrição em provas da Anac, as taxas para emissão das licenças e a obtenção dos Certificados Médicos Aeronáuticos (CMA), o investimento total para se tornar Piloto Comercial de Helicóptero é de aproximadamente R$ 95 mil, similar ao valor de um curso superior. Na média que observamos com nossos alunos, esse total é diluído ao longo de um a dois anos para se concluir a formação.
12Estou em dúvida entre fazer o curso para avião ou helicóptero. Qual é melhor?
Aviões e helicópteros têm dinâmicas de voo diferentes, na qual a pilotagem de asas rotativas se torna mais interessante por exigir uma constante atuação do piloto nos comandos, de forma a ser mais desafiadora. Além disso, as duas aeronaves têm propósitos de operações diferentes. O avião visa realizar o transporte para distâncias maiores; o helicóptero, deslocamentos menores de ponto a ponto. Isso reflete no cotidiano do tripulante, exigindo que, não raras vezes, pilotos de avião fiquem alguns dias longe de casa cumprindo suas programações, enquanto essa realidade é mais incomum na rotina de pilotos de helicóptero.
13A Go Air treina autorrotação?
Realizamos autorrotação desde o curso de Piloto Privado, como é previsto no programa de treinamento. Assim como outras manobras avançadas, a autorrotação tem uma exposição ao risco um pouco maior do que manobras mais básicas. Entretanto, com algumas barreiras de proteção para mitigação dessas ameaças inerentes ao treinamento, elevam-se consideravelmente as margens de segurança. Adicionalmente, sempre que o aluno demonstrar mais proficiência, treinará a manobra com mais recursos e de forma mais avançada.
14Quanto ganha um piloto de helicóptero?
Como em qualquer profissão, o salário de um piloto varia conforme sua experiência e a oferta de mão de obra no mercado. Além disso, a definição do valor está associada à dinâmica da operação, tipo de equipamento e disponibilidade do piloto. Pelas condições serem muito variáveis, seria impreciso determinar um valor.
15É seguro voar de helicóptero?
Sim. Assim como os aviões, helicópteros são inspecionados de forma preventiva periodicamente e dispõem de recursos técnicos e aerodinâmicos para que mesmo na ausência de tração do motor consigam voar até chegar ao solo com segurança. Com uma pesquisa rápida no site do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, é possível constatar que muitos desses eventos estão relacionados a uma condução equivocada da operação. Por isso, focamos nosso treinamento na capacidade de gerenciamento do piloto para que ele não incorra nos mesmos desacertos e seja cumpridor das regras publicadas.
16Em quanto tempo posso fazer o curso?
Não há limite estabelecido nos regulamentos. Mas notamos que alunos que espaçam muito o tempo entre a realização de um voo e outro têm uma dificuldade maior na progressão de desempenho, estendendo o total de horas para concluir o curso. Na média geral, o PPH é realizado em aproximadamente cinco meses, e o PCH em torno de sete meses, se feito de forma ininterrupta.
17Como é feita a manutenção das aeronaves?
Os helicópteros passam por revisões periódicas definidas por horas de voo, conforme o programa de manutenção da fabricante. Além disso, a cada 2.200h voadas ou 12 anos, o que acontecer primeiro, é realizada uma revisão geral no motor e na fuselagem (conhecida como overhaul), na qual muitos componentes são substituídos por novos. Essas intervenções são realizadas pela Master Manutenção de Aeronaves, oficina do Grupo Go Air, que conta com certificação da fabricante Robinson Helicopter Company.
18Os alunos fazem voo solo na Go Air?
Sim. Alunos que demonstram proficiência de pilotagem, conhecimentos teóricos e responsabilidade, quando prontos, são liberados para voar solo. Entendemos que é uma etapa importante no processo de formação, no qual o aluno sente a carga de responsabilidade para a condução do voo e melhora sua autoconfiança.
19Sou piloto de avião. Quantas horas são necessárias para me tornar piloto de helicóptero?
Pilotos de avião com mais de 200h em comando necessitam de um mínimo de 25h de treinamento no curso de PPH. No PCH, se o candidato for titular de uma licença de PCA, pode incluir metade das horas realizadas como piloto em comando até um limite de 40h, dispensado do requisito das horas de navegação.
20Para ser piloto, é necessário ingressar nas forças armadas?
Não. A carreira militar e a civil têm caminhos bem diferentes. Para quem pretende voar helicóptero de uso civil (particulares ou de empresa aérea), a formação é feita em escola de aviação como a nossa, seguindo os passos que explicamos no site. O ingresso na carreira militar segue os requisitos de cada uma das forças armadas (Força Aérea, Marinha ou Exército).